Cofre com dinheiro é achado em ação que apura fraudes milionárias na Educação de MS

Cofre com dinheiro é achado em ação que apura fraudes milionárias na Educação de MS
Uma operação de grande porte mobilizou, nas primeiras horas desta semana, agentes da Polícia Federal, auditores da Receita Federal e técnicos da Controladoria-Geral da União (CGU) em dois estados brasileiros: Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro. O alvo: uma rede suspeita de fraudar contratos públicos milionários vinculados à Secretaria de Estado de Educação de MS.
Ao todo, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão, e um dos momentos mais surpreendentes da operação ocorreu em Campo Grande, onde os agentes encontraram um cofre oculto dentro de um guarda-roupas. Dentro dele, havia uma quantia expressiva de dinheiro em espécie. Os valores exatos e o endereço onde o cofre foi localizado permanecem sob sigilo.
A ação faz parte da Operação Veritatis, que investiga um suposto esquema de corrupção em processos de licitação envolvendo recursos federais destinados à área educacional do Estado. A ofensiva contou com a atuação conjunta de 33 policiais federais, 8 auditores da Receita Federal e 3 servidores da CGU.
Segundo apurado com exclusividade, a investigação aponta para uma possível atuação conjunta entre empresários e servidores públicos, que teriam simulado legalidade em contratos superfaturados. As contratações ocorriam por meio da adesão a atas de registro de preços, instrumento legal que permite a um órgão público utilizar contratos firmados por outras instituições, sem a necessidade de nova licitação. Embora seja um modelo legítimo e mais célere, a prática estaria sendo utilizada de forma abusiva para driblar mecanismos de controle e elevar artificialmente os valores pagos.
O uso recorrente desse modelo de contratação, aliado à ausência de fiscalização eficaz, teria permitido o desvio de valores expressivos, afetando diretamente os investimentos na educação pública de Mato Grosso do Sul.
As investigações seguem em andamento, e novas diligências não estão descartadas. Nos bastidores, fontes indicam que o material apreendido pode levar à responsabilização de agentes públicos e empresários envolvidos no suposto esquema.