“Gastos sem freio: Governo Riedel é acusado de inflar contratos e aparelhar Estado às vésperas da eleição”

Às vésperas das eleições estaduais em 2026, o governo de Eduardo Riedel, em Mato Grosso do Sul, vem sendo duramente criticado por uma escalada nos gastos públicos que, segundo especialistas e membros da oposição, extrapola os limites da responsabilidade fiscal. A gestão estadual é acusada de usar recursos de forma excessiva para promover sua imagem e favorecer aliados políticos.
Um dos principais focos de preocupação está nos constantes aditivos de contratos de obras e serviços, que vêm inflando os valores originalmente pactuados com empreiteiras e prestadores. Esses acréscimos, muitas vezes sem justificativas técnicas claras, vêm se tornando regra, e não exceção — o que tem levantado suspeitas sobre favorecimentos e falta de controle nos gastos.
Além disso, o inchaço da máquina pública com nomeações de cargos comissionados tem sido apontado como outro agravante. Em um momento de crise econômica e demandas reprimidas em áreas essenciais como saúde, educação e segurança, a contratação em massa de aliados políticos para funções estratégicas ou de assessoria revela uma possível tentativa de aparelhamento da estrutura estatal.
Para completar o pacote de críticas, o governo estadual também vem sendo acusado de acordos silenciosos com a grande mídia local, por meio de vultosos contratos de publicidade institucional. As verbas destinadas a campanhas publicitárias cresceram exponencialmente nos últimos meses, num esforço percebido como tentativa de blindagem da imagem do governo e redução do espaço para críticas jornalísticas.
Especialistas alertam que a combinação de aditivos injustificáveis, inchaço comissionado e parcerias midiáticas suspeitas pode comprometer o equilíbrio das contas públicas e distorcer o processo democrático, especialmente em um ano eleitoral, quando a imparcialidade e o uso responsável da máquina pública deveriam ser prioritários.
Enquanto isso, a população sente na pele os efeitos do descaso: unidades de saúde lotadas, escolas com estrutura precária e insegurança crescente. A maquiagem eleitoral, embora cara, não consegue esconder os problemas reais enfrentados por milhares de sul-mato-grossenses.