Pequim condena revogação de vistos de estudantes chineses pelos EUA e aponta discriminação

A decisão dos Estados Unidos de revogar os vistos de estudantes chineses gerou forte reação do governo da China nesta quinta-feira, 29. Em declaração oficial, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, classificou a medida como “discriminatória” e criticou duramente a justificativa apresentada por Washington.

Segundo Mao Ning, os Estados Unidos estariam agindo “sob o pretexto de ideologia e segurança nacional”, o que, na avaliação do governo chinês, compromete os intercâmbios educacionais e prejudica ainda mais a já delicada relação entre as duas maiores potências globais.

“A decisão norte-americana é injusta e politicamente motivada. Trata-se de uma ação que mina os laços entre nossos povos e atenta contra os direitos legítimos dos estudantes chineses”, afirmou a porta-voz.

As autoridades chinesas pediram que os EUA corrijam imediatamente o que chamaram de "erro" e garantam um ambiente justo, aberto e não discriminatório para os cidadãos chineses que desejam estudar em instituições americanas.

A medida adotada por Washington não teve os detalhes totalmente divulgados, mas faz parte de uma série de ações recentes com foco em questões de segurança, principalmente em relação à presença de estudantes ligados a universidades chinesas com supostas conexões militares ou governamentais.

O incidente aumenta a tensão em meio a uma série de disputas comerciais, tecnológicas e diplomáticas entre os dois países, colocando mais pressão sobre os canais de diálogo bilaterais. Autoridades chinesas indicaram que poderão adotar contramedidas caso a decisão não seja revertida.

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