PF pede que sete desembargadores de MS respondam por corrupção em suposto esquema de venda de sentenças
Crise no Judiciário sul-mato-grossense: investigação da PF mira desembargadores por venda de decisões judiciais

A Polícia Federal solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de ação penal contra sete desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), suspeitos de envolvimento em um esquema de venda de decisões judiciais. Cinco deles ainda estão na ativa, enquanto dois já se encontram aposentados.
O pedido foi encaminhado ao ministro Cristiano Zanin, relator do caso no STF, conforme aponta relatório da PF que detalha as suspeitas de corrupção. O documento indica que os magistrados teriam participado de um conluio para comercializar sentenças dentro da corte estadual.
Foram citados no relatório os nomes de Alexandre Aguiar Bastos, Marcos José de Brito Rodrigues, Sideni Soncini Pimentel, Vladimir Abreu da Silva e Sergio Fernandes Martins — todos com vínculo recente com o tribunal. Também aparecem na lista os desembargadores aposentados Julio Roberto Siqueira Cardoso e Divoncir Schreiner Maran.
Apesar das acusações, a PF não formalizou o indiciamento dos investigados, uma vez que o STF veda essa medida em casos que envolvem autoridades com foro especial.
Dos cinco desembargadores ainda na ativa, apenas Sergio Martins continua exercendo suas funções. Os demais foram afastados por decisão do ministro Zanin, proferida na última terça-feira (22), como forma de preservar a integridade da investigação.