Campo Grande vive calamidade na saúde: UPAs em colapso e população à mercê do descaso

A situação das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em Campo Grande atingiu níveis alarmantes, revelando uma verdadeira calamidade na saúde pública. Superlotação, falta de insumos, ausência de leitos e atendimento demorado se tornaram a realidade cruel para milhares de cidadãos que dependem da rede pública para receber cuidados médicos básicos.
O fechamento da Santa Casa, principal hospital de referência da capital, para novos pacientes expôs ainda mais a fragilidade do sistema. Sem alternativas, a população se aglomera nas UPAs, onde o atendimento já era precário. Agora, além da espera que ultrapassa seis horas, os pacientes convivem com a falta de estrutura mínima: não há medicamentos suficientes, materiais de atendimento estão escassos e a infraestrutura das unidades, visivelmente deteriorada, não suporta a demanda crescente.
Enquanto isso, a prefeitura decretou estado de emergência, mas a medida soa mais como um atestado da falência da gestão da saúde pública do que como uma solução efetiva. Promessas de reforço no atendimento e reorganização do fluxo de pacientes vêm sendo anunciadas, mas o cenário nas UPAs mostra que pouco mudou na prática. Corredores lotados, crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas aguardando atendimento sem qualquer conforto ou dignidade — este é o retrato da saúde de Campo Grande em 2025.
O caos instalado é resultado direto da falta de planejamento, da má gestão dos recursos públicos e da negligência com um serviço essencial. A crise que hoje se agrava não surgiu do dia para a noite: ela é fruto de anos de abandono progressivo, onde a prioridade nunca foi de fato investir no fortalecimento da rede pública de saúde.
Enquanto vereadores trocam acusações e a Secretaria Municipal de Saúde se limita a discursos burocráticos, quem paga o preço é o povo, que, em um momento de vulnerabilidade extrema, se vê humilhado diante do sistema que deveria protegê-lo.
Campo Grande clama por socorro. Mas, até agora, o que se vê é apenas silêncio, promessas vazias e uma cidade entregue ao descaso.