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Utilidade Pública

Críticas Crescem: Denúncias Apontam Supostos Abusos do STF em Prisões Após Atos de 8 de Janeiro

Por Wander Lopes

05/08/2025

 

O jornalista norte-americano Michael Shellenberger voltou a gerar repercussão ao divulgar, nesta segunda-feira (4), um novo conjunto de documentos e mensagens que apontariam irregularidades cometidas por autoridades do Judiciário brasileiro após os atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.

Segundo a reportagem assinada pelos jornalistas David Ágape e Eli Vieira, haveria indícios de que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), teria coordenado, por meio de um grupo informal no WhatsApp, uma força-tarefa para monitorar redes sociais de manifestantes presos, antes de autorizar qualquer medida de soltura.

Entre os nomes citados nos registros estão servidores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do próprio STF, como o ex-assessor Eduardo Tagliaferro e a então chefe de gabinete de Moraes, Cristina Yukiko Kusahara. Em diálogos atribuídos aos dois, Cristina teria afirmado que, apesar de pedidos de liberdade provisória por parte da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ministro preferia aguardar a análise das redes sociais dos detidos antes de tomar decisões.

O grupo de mensagens teria sido desfeito em 1º de março de 2023, conforme indicado por uma mensagem atribuída ao juiz Airton Vieira, também citado no material. À época, ele atuava como assessor de Moraes nas audiências de custódia relacionadas aos investigados dos atos golpistas. Na mensagem, Vieira afirma: “Despeço-me aqui, singelamente \[...] que nas audiências de custódia possamos dar a cada um o que lhe é de direito: a prisão”.

O material levanta questionamentos sobre a conduta judicial de algumas figuras envolvidas, sugerindo possíveis conflitos de interesse e práticas incompatíveis com o devido processo legal.

 

 

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