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Política

Riedel corta R$ 800 milhões e manda o recado: ou se alinha, ou senta no banco da esperança

Por Wander Lopes

14/07/2025

 

O governador Eduardo Riedel (PSDB) decidiu apertar o cerco — e o cinto. Com previsão de corte de aproximadamente R$ 800 milhões até o fim de 2025, o Governo de Mato Grosso do Sul começa a mostrar, com todas as letras, que o momento é de escolher lados. E rápido.

Nos bastidores, o aviso foi claro: quem quiser continuar com acesso aos recursos e às benesses do Estado, que prove sua lealdade política agora. Empresários, lideranças e até velhos aliados estão sendo convocados para conversas nada amistosas. Sem cafezinho, sem cerimoniais. O recado vem com água na mesa e cobrança direta: de que lado você está para 2026?

Os cortes não são apenas técnicos — são estratégicos. A chamada “revisão fiscal” é, na prática, uma peneira política. A fila para o “banquinho da esperança” já começa a se formar, com nomes antes prestigiados agora à margem, aguardando nova chance. Chance essa que só virá mediante compromisso fechado com o projeto de poder de Riedel e seus escolhidos.

Empresários que passaram os últimos anos surfando nos convênios e contratos públicos agora sentem o baque. O tempo das promessas e da neutralidade acabou. O governo não quer mais indecisos nem diplomáticos. Quer soldados.

Com os R$ 800 milhões sendo cortados a conta-gotas, mas com precisão cirúrgica, Riedel sinaliza que vai usar o orçamento como ferramenta de condicionamento político. Quem se alinhar, garante lugar à mesa. Quem hesitar, ficará só com a água.

Mato Grosso do Sul entra em uma nova fase, onde a eficiência fiscal divide espaço com uma ofensiva de controle político. A pergunta agora não é mais “quanto será cortado”, mas “quem vai sobrar”.

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