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Justiça

Whisky falsificado movimentava R$ 20 mil por semana em Campo Grande

Por Wander Lopes

16/05/2025

Whisky falsificado movimentava R$ 20 mil por semana em Campo Grande

Uma operação da Polícia Civil desmantelou, em Campo Grande, um esquema sofisticado de falsificação de bebidas alcoólicas que vinha atuando de forma clandestina no bairro Jardim Eliane. Após seis meses de investigação sigilosa da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon), um homem de 31 anos foi preso em flagrante por produzir e comercializar whisky adulterado com selos e embalagens falsificados.

Dentro da residência, que funcionava como fábrica improvisada, os agentes encontraram um verdadeiro laboratório do crime: garrafas de marcas renomadas como Red Label e Jack Daniel’s, cheias de líquidos produzidos com substâncias desconhecidas e aromatizantes, tampas e dosadores idênticos aos originais, além de centenas de selos públicos forjados.

Ao todo, foram apreendidos:

  • 87 garrafas prontas para venda
  • 551 selos falsificados
  • 160 tampas de marcas de whisky
  • 116 dosadores
  • 4 garrafas PET com líquidos usados na mistura
  • Uma BMW, uma moto Kawasaki e joias, possivelmente compradas com o lucro das fraudes

A investigação aponta que o falsificador lucrava até R$ 20 mil por semana, com distribuição estimada de 200 garrafas nos fins de semana. As bebidas eram vendidas para bares, distribuidoras e até conveniências da capital.

Essa prisão se soma a outros casos recentes em Campo Grande. Em agosto de 2024, três pessoas foram presas por comercializarem destilados falsificados em uma distribuidora no Jardim Centro Oeste. Em abril de 2025, uma conveniência nas Moreninhas também foi flagrada com bebidas adulteradas e cigarros contrabandeados.

Além do impacto comercial e legal, as bebidas falsificadas representam um grave risco à saúde pública. Especialistas alertam que o consumo desses produtos pode provocar intoxicações severas, devido à presença de componentes tóxicos como metanol.

A Decon reforça que denúncias anônimas podem ser feitas pelo site do Procon-MS ou pelos canais da Polícia Civil.

“É um crime silencioso, mas de grande impacto. Estamos ampliando as fiscalizações para impedir que bebidas falsificadas cheguem à mesa do consumidor sul-mato-grossense”, afirmou um investigador envolvido no caso.

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