Campo Grande enfrenta aumento expressivo de casos de síndrome respiratória e hospitais entram em colapso

Campo Grande vive um momento crítico com o avanço dos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Nas últimas semanas, o número de pacientes que procuram as unidades de saúde com sintomas respiratórios disparou, levando à superlotação dos hospitais e a um cenário alarmante de caos no sistema de saúde pública.
Segundo dados recentes da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), o aumento expressivo da procura por atendimento tem pressionado as emergências e prontos-socorros, especialmente no Hospital Regional, Hospital Universitário e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Pacientes relatam longas horas de espera e, em alguns casos, a ausência de leitos para internação.
“Estamos enfrentando uma demanda muito acima do normal. O número de casos de síndrome respiratória disparou, e já não temos estrutura suficiente para dar conta de tantos atendimentos ao mesmo tempo”, afirmou um profissional da área da saúde que preferiu não se identificar.
Além da Covid-19, que ainda registra casos ativos, os vírus Influenza e o vírus sincicial respiratório (VSR) também têm contribuído para o crescimento das internações, principalmente entre crianças e idosos, grupos considerados de maior risco.
Diante da situação, o sistema de regulação tem enfrentado dificuldades para encontrar vagas de internação, tanto em enfermarias quanto em UTIs. Familiares de pacientes têm denunciado a falta de informações e o descaso no atendimento. Em algumas unidades, pacientes estão sendo mantidos em macas improvisadas nos corredores, agravando ainda mais o clima de desespero.
As autoridades municipais reforçam a importância da vacinação contra a gripe e a Covid-19, especialmente para os grupos prioritários. No entanto, a adesão da população à campanha de imunização ainda está abaixo do ideal.
“Pedimos à população que procure os postos de saúde, mantenha as medidas de prevenção, como o uso de máscara em ambientes fechados e com aglomeração, além de manter a higiene frequente das mãos”, declarou a secretária municipal de Saúde.
Diante do caos, cresce a pressão sobre o poder público para que medidas emergenciais sejam adotadas com urgência, como a ampliação de leitos, reforço de equipes médicas e campanhas de conscientização mais efetivas.
A população espera respostas rápidas e eficientes para conter o agravamento da crise sanitária e garantir o direito à saúde e ao atendimento digno para todos.