Servidores participam de palestra sobre prevenção e diagnóstico do câncer de próstata
A Campanha Novembro Azul é um momento para quebrar estigmas a respeito do rastreamento do câncer de próstata e abrir caminhos de conversas sobre a saúde dos homens. Na manhã desta sexta-feira (22), os servidores da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) participaram de uma palestra para tratar sobre o tema, com o médico urologista André Domingos.
O preconceito relacionado ao exame preventivo do câncer de próstata é o grande desafio para a detecção e tratamento precoce da doença. A resistência dos homens ao toque retal pode ser influenciada por diversos fatores, como vergonha, medo e falta de informação. Por isso, é necessário desmistificar o procedimento.
Conforme o urologista, o câncer de próstata é classificado como o segundo mais comum entre os homens, e é comumente observado em indivíduos acima de 50 anos. “Isso impacta diretamente na sobrevida dessa população, portanto, é importante a conscientização para fazer os exames precocemente, para que esses pacientes tenham uma chance alta de cura no momento do diagnóstico”, destacou.
Segundo Domingos, se houver histórico familiar, os exames devem realizados já aos 40 anos. Embora o que exatamente desencadeia o tumor ainda seja incerto, a idade avançada, os aspectos hereditários, a etnia e modo de vida são fatores de risco conhecidos. “É claro que é um assunto que tenho vergonha, mas sei que preciso enfrentá-lo, afinal, é para melhorar a qualidade da minha vida. Participar desta palestra foi importante para quebrar tabus”, disse o servidor Joacil Ferreira.
Estágios iniciais geralmente não apresentam sintomas
Uma das dificuldades encontradas no diagnóstico é a natureza insidiosa de seu início, pois nenhum sinal ou sintoma está presente nos estágios iniciais. Isso se deve à localização anatômica da próstata, bem como o tamanho pequeno do tumor, sendo improvável que crie desconforto significativo ou alterações funcionais.
O câncer que invade outros tecidos pode levar a alguns sintomas, incluindo problemas com a micção. O homem começa urinar frequentemente durante a noite, e também pode acontecer sangue na urina ou sêmen, bem como dificuldade em manter uma ereção.
“Como o estágio inicial não apresenta sintomas, há necessidade de realizar exames. As duas abordagens mais comuns são o exame de sangue do antígeno prostático específico, chamado PSA e o exame retal. A doença é facilmente tratável em um estágio inicial. Porém, se o câncer penetra em outras partes do corpo, as chances de sobrevivência caem substancialmente”, informou.
História familiar e estilo de vida
Ter um histórico pessoal e familiar de câncer de próstata aumentará o risco, especialmente se ocorreu com um parente de primeiro grau do sexo masculino – pai ou irmão. As escolhas de estilo de vida também podem afetar o risco.
Uma dieta rica em frutas, vegetais e grãos integrais pode reduzir a chance de desenvolver câncer. Exercitar, manter um peso saudável e minimizar a ingestão de alimentos processados são escolhas para uma boa saúde da próstata.
Robótica, terapia hormonal e imunoterapia. Os tratamentos usados atualmente são muito mais precisos e com menos efeitos colaterais, permitindo assim que os homens tenham uma melhor qualidade de vida.