Novo deslizamento na Mina Turmalina mantém comunidade em alerta em MG
Incidente ocorre dois meses após desmoronamento parcial de pilha de rejeitos, quando 158 moradores foram retirados de suas moradias
Um novo deslizamento na Mina Turmalina, localizada em Conceição do Pará, no Centro-Oeste de Minas Gerais, foi registrado nesse domingo (2). O incidente ocorreu em uma área da pilha de rejeitos que já havia sofrido um desmoronamento parcial em 7 de dezembro de 2024, quando cerca de 750 mil metros cúbicos de material atingiram aproximadamente 10 hectares, incluindo áreas de Mata Atlântica e Cerrado.
Sargento Bruno, do 10º Batalhão do Corpo de Bombeiros de Nova Serrana, responsável pelo atendimento em Conceição do Pará, informa que o deslizamento na data de ontem ocorreu no topo da pilha que já tinha sido atingido, ou seja, trata-se de andamento do episódio iniciado em 7 de dezembro.
“Trata-se de uma movimentação pequena, que não atingiu o solo. Além disso, a área segue interditada e a mineradora responsável pela mina está com as atividades paradas, em atividade apenas para conter, controlar e resolver com segurança o problema do deslizamento”, informa o bombeiro.
Os 158 moradores que tiveram que deixar suas casas ainda não retornaram aos imóveis e a área afetada segue toda isolada desde dezembro e e sem previsão de retorno. “Ainda está sendo feito o levantando da quantidade de material que se deslocou da mina neste domingo”, informa o sargento Bruno.
Em nota, a mineira Jaguar Mining informou que “desde ontem, 01/02, devido ao elevado volume de chuvas em Conceição do Pará/MG, os georradares instalados na área da pilha de rejeitos/estéril indicaram regiões com tendência de deformação. Hoje, 02/02, pela manhã, foi identificado o deslizamento de uma pequena porção da estrutura, parte frontal, dentro da área já acometida pelo deslizamento”.
A empresa informou, ainda, que permanece com todos os protocolos de segurança e os fluxos de comunicação ativos.
“Reforçamos que, por segurança, o Comando Unificado de Operações - composto por autoridades federais, estaduais, municipais e integrantes da Jaguar Mining - definiu desde 07 de dezembro, que, por tempo indeterminado, o acesso à comunidade de Casquilho de Cima não está autorizado”, destacado o comunicado.
A empresa diz ainda reiterar o compromisso com as ações de minimizar e reparar os impactos causados pelo deslizamento e a cooperação com as autoridades competentes.